Sopa tradicional que se serve ao almoço no 1º e 2º dia da matança do porco.
Esta receita é de Salvaterra do Extremo, concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco.
- 1 litro de sangue de porco (líquido)
- vinagre
- 50 g de banha em rama (unto por derreter)
- 1 cebola média
- 6 dentes de alho
- 1 folha de louro
- 1 colher de chá de colorau
- 2 colheres de café de cominhos em pó
- 500 g de pão caseiro, de véspera
- Recolhe-se o sangue num recipiente, onde previamente se deitou um pouco de vinagre e de água, e mexe-se até arrefecer.
- A quantidade de sangue para esta sopa não é rigorosa, devendo ser a suficiente para que a sopa fique bem escura.
- Corta-se a banha em bocadinhos e leva-se a derreter em lume brando numa frigideira.
- Quando a banha começar a fundir, junta-se a cebola picada e deixa-se alourar.
- Entretanto já se pôs ao lume uma panela com 3 litros de água.
- Quando esta água levantar fervura, junta-se o conteúdo da frigideira, os alhos pisados com sal, o louro, o colorau, os cominhos e sal e deixa-se ferver tudo um bocadinho.
- Em seguida reduz-se o calor e adiciona-se o sangue passado por um passador de rede e mexe-se energicamente o caldo a fim de impedir que o sangue talhe.
- O sangue deverá apenas cozer 1 ou 2 minutos, em fervura suave e mexendo sempre.
- Mergulha-se então uma fatia de pão no caldo e prova-se a sopa.
- Se estiver muito clara, junta-se mais um pouco de sangue.
- Também deve saber bem a cominhos.
- Tem-se o pão cortado em fatias finas numa terrina, rega-se com o líquido e abafa-se durante alguns minutos.
- Come-se bem quente.
Opção nº 2
- 1 Cebola média picada
- 50 g de banha em rama (banha antes de derretida)
- 1 Colher de chá rasa de colorau doce
- 1 Litro de sangue de porco (líquido)
- 2 Colheres de café (rasas) de cominhos moídos(em pó)
- 6 Dentes de alho pisado com sal
- 1 Folha de louro
- Pão caseiro, de véspera em fatias finas
- 3 Litros de água
- O sangue de porco líquido, pois na ocasião da recolha a vasilha tem no fundo algum vinagre e água e é mexido constantemente com uma colher de pau até estar arrefecido.
- Antes de ser usado no laburdo deve haver a precaução de o passar por um passador de rede para não irem coágulos para a sopa.
- A quantidade de sangue a utilizar no laburdo, depende da cor que ele dá à sopa. Esta deve ficar acastanhada escura.
- Numa frigideira deita-se a banha aos bocadinhos e logo que esta começa a fundir, a cebola picada, que se deixa alourar levemente.
- Na panela que está ao lume com água fervente, deita-se o conteúdo da frigideira, alho pisado em sal, 1 folha de louro, colorau e cominhos a gosto.
- Depois de ferver um bocadinho tira-se para fora do lume e lentamente para não talhar, deita-se o sangue através de um passador de rede.
- Enquanto se faz esta operação deve mexer-se energicamente o líquido com uma colher de pau.
- A panela volta ao lume (sem deixar de se mexer) brando a retomar a fervura.
- O sangue coze cerca de 1 ou 2 minutos em fervura muito lenta e mexendo-se continuamente.
- Mergulha-se então a extremidade de uma fatia de pão no líquido para verificar a cor (que deve ser escura).
- Retificam-se os temperos; se estiver clara, deita-se um pouco mais de sangue. Logo que se considera apaladada, a saber bem a cominhos, lança-se o líquido sobre o pão cortado na terrina, abafa-se e come-se bem quente.